quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Seleção aberta para psicólog@ do CRDH Semiárido



A Fundação Guimarães Duque – FGD, através do presente Edital, no uso de suas atribuições legais, torna público o processo de Seleção Simplificada, regido pelas normas que constituem o presente Edital, para contratação temporária de profissionais da área de Psicologia, para atuarem como psicólogo no projeto Centro de Referência em Direitos Humanos – CRDH, realizados pela Universidade Federal Rural do Semi-Árido – UFERSA, fomentado pela Secretaria de Direitos Humanos – SDH da Presidência da República e com execução financeira por esta Fundação. Será selecionado 01 (um) profissional a ser contratado pela FGD.

Leia o edital na íntegra

http://www.fgduque.org.br/var/www/html/fgduque.org.br/web/images/Noticias/concurso-psicologo/Edital%20CRDH%20concludo.pdf

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Plesbicito Popular pela Reforma Política: Votações em todo o país vão até dia 07 de setembro




   Os movimentos sociais, partidos, sindicatos e organizações da sociedade civil se articularam para a promoção do Plebiscito Popular Por uma Constituinte Soberana e Exclusiva do Sistema Político. O objetivo da iniciativa é arrecadar votos para pressionar o poder público a fazer a Reforma do Sistema Político.



As votações seguem até o dia 7 
de setembro. Se você está 
insatisfeito com o sistema 
político, o primeiro passo para 
mudá-lo é contribuir com o 
plebiscito. As votações podem 
ser feitas on-line, através do 
seguinte link 
http://bitbitbit.com.br/plebiscito/, e 
fisicamente, nos seguintes locais:



Urnas fixas em Mossoró:

ADUERN (Avenida professor António campo, 06- costa e Silva)

GRUPO MANDACARU (Ilha de santa luzia)

SINDLIMP (Rua Rosália Fernandes pimenta, alameda dos cajueiros)

SINDSERPUM (Avenida rio branco, 1642 - centro)

FETAM (Rua Juvenal Lamartine, 28- centro

Sind. Construção civil (rua Juvenal Lamartine, 214- centro)

Sintrahpam (rua prudente de morais-930-santo António 
(próximo ao hospital Rafael Fernandes)

Sind. Do óleo (abolição II)

Sinte (avenida Abel coelho, abolição II)

Sind. Dos bancários (Av. Abel coelho, 1600 abolição III)

Sindpetro (rua Rodrigues Alves, 295 - paredões)



A Reforma Política é extremamente necessária para mudar o quadro social brasileiro. Entre as propostas defendidas pelo Plebiscito se encontram a democratização da mídia, o financiamento público de campanha e o voto de lista.



Para saber mais sobre a iniciativa acesse:
https://www.facebook.com/plebiscitoconstituinte/info
http://plebiscitoconstituinte.org.br/

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Trabalhadores do MST são assassinados no Rio Grande do Norte


Da Página do MST

Nesta terça-feira (06/05), após uma mobilização na qual se encontravam 500 trabalhadores acampados da região de Apodi, em luta por conta da jornada de lutas do MST, dois Sem Terra foram executados.
Dois homens em uma moto preta sem placa abordaram os dois militantes atiram. Ainda não se tem noticias dos assassinos, que fugiram imediatamente.
As vítimas são Francisco Laci Gurgel Fernandes, de 34 anos, mais conhecido por Chacal, e Francisco Alcivan Nunes de Paiva, de 46 anos, o Civan. Os companheiros estavam há oito meses no acampamento Edivan Pinto, e durante todo este período ajudaram na organização das famílias na área.

Os crimes aconteceram em uma área de acampamento na qual também está sendo construído o perímetro irrigado do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), área onde os Sem Terra sofrem ameaças constantes de jagunços armados e seguranças da empresa que faz a obra.



 

As grandes empresas do agronegócio vem matando de toda forma a população, seja com o uso de agrotóxicos ou destas formas brutais que sempre usam para tentar desmobilizar as lutas.
Este caso apenas reforça os dados alarmantes da violência no campo, assim como o descaso com que o governo brasileiro trata a questão agrária. O assassinato de trabalhadores que lutam pela terra no Brasil é constante. De acordo com a Comissão Pastoral da Terra (CPT), em 2013 34 trabalhadores foram assassinados.

terça-feira, 15 de abril de 2014

Cine Direitos Humanos

O Centro de Referência em Direitos Humanos do Semiárido, promoverá nos próximos dias 29 e 30, exibições de dois filmes para discussão sobre os 50 anos do Golpe Militar, que inaugurou uma ditadura que duraria 21 anos e deixaria dezenas de mort@s e desaparecid@s.

A ação será desenvolvida ao longo do ano e consiste na apresentação de filmes que debatam a temática, junto a comunidade acadêmica e de maneira itinerante.
 


A primeira exibição será do documentário Brazil, a Report on Torture é um documentário que foi produzido em 1971 com a colaboração do cineasta norte-americano Haskell Wexler, contando com depoimentos de brasileiros torturados e que se exilaram no Chile. O filme tem duração de 59 minutos, e traz os relatos de brasileiros que sofreram com as repressões da ditadura.

Disponível em http://www.linktv.org/programs/brazil-a-report-on-torture

A exibição será na Ufersa, no espaço da sede do CRDH Semiárido, a partir das 15h.

O segundo filme, O Ano em que meus pais saíram de férias, retrata o ano de 1970, o Brasil e o mundo parecem estar de cabeça para baixo, mas a maior preocupação na vida de Mauro, um garoto de 12 anos, tem pouco a ver com a ditadura militar que impera no País, seu maior sonho é ver o Brasil tricampeão mundial de futebol. De repente, ele é separado dos pais e obrigado a se adaptar a uma “estranha” e divertida comunidade – o Bom Retiro, bairro de São Paulo, que abriga judeus, italianos, entre outras culturas. Uma história emocionante de superação e solidariedade.
Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=fnrhYwuxaTs
 

A exibição será feita junto a comunidade da Ilha de Santa Luzia, em Mossoró, na capela do bairro.

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Retomada dos trabalhos


Retomamos as atividades de atendimento nessa semana. A sede do CRDH Semiárido se encontra no campus Leste da Ufersa, e está aberta para atendimento do público das 13:00h às 18:00h. 

Atuamos com:
  • Atendimento jurídico e social, acompanhamento e encaminhamento de casos coletivos e individuais
  • Prestação de informações sobre direitos e serviços
  • Promoção de eventos em Direitos Humanos
  • Formação em Direitos Humanos
  • Acompanhamento itinerante em comunidades
  • Mediação de Conflitos
  • Articulação da Rede Jurídica e Assistencial 
  • Atuação junto aos Movimentos Sociais da Região

quarta-feira, 19 de março de 2014

CRDH Semiárido entra em recesso dia 20 de março


O Centro de Referência em Direitos Humanos entra em recesso de suas atividades no dia 20 de março. A negociação junto a Secretaria de Direitos Humanos aponta para a autonomia da sede do Semiárido que se vinculará diretamente a UFERSA e ao governo Federal. 

As parcerias com o CRDH de Natal e da Paraíba se estreitam e a continuidade do trabalho em articulação só reforçam a identidade das equipes dos estados nordestinos. O  Centro de Referência de Direitos Humanos é um projeto de extensão que visa contribuir para o cenário de promoção dos Direitos Humanos no Semiárido Potiguar, através de atendimento jurídico e social e ações de educação em Direitos Humanos.

Ademais, o relatório final de atividades já está concluso, e aponta para dados animadores da atuação do CRDH nesses 11 meses de execução. Segundo as estatísticas foram realizados de 2013 a 2014, até o mês de fevereiro 4930 atendimentos. 






A atividade do CRDH Semiárido foi dividida entre 15 municípios do Alto Oeste. Os atendimentos são feitos em demandas coletivas e individuais, prezando pelo atendimento multidisciplinar e coletivo.  Os eixos coletivos de maior atuação do CRDH Semiárido foram o Agrário, Ambiental, Sistema Socioeducativo, Educação em Direitos Humanos, Pessoa com Deficiência e Casos do Disque 100.



O relatório final de execução do projeto está disponível para aquel@s que se interessarem pelo projeto e que queiram contribuir para o CRDH Semiárido. O mesmo está disponível para download em nossa biblioteca, através desse link RELATÓRIO FINAL

A perspectiva de crescimento do trabalho e maior abrangência da atuação é consistente. As atividades desenvolvidas até agora afirmam o perfil de trabalho com os Direitos Humanos de modo geral, amplo, coletivo e provocativo da rede de garantia de direitos. 


  

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

União Homoafetiva: Cartilha com orientações para cartórios é finalizada.


   O centro de referência em direitos humanos finaliza a edição da cartilha sobre União Homoafetiva destinada aos cartórios da região. A proposta da publicação é esclarecer quais os direitos dos casais homoafetivos no ato de celebração de suas uniões, uma vez que ainda encontra-se resistência para o trâmite das mesmas nos estabelecimentos da região.

    A cartilha deverá ser distribuída nos estabelecimentos ao longo de 2014, bem como está disponibilizada para download direto.  A proposta foi executada a partir de demandas de casos individuais, bem como visa a auxiliar a execução do direito de todos os casais e interessados na pauta.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Senado rejeita redução da maioridade penal para 16 anos

Por 11 votos a oito, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado rejeitou a proposta de reduzir a maioridade penal dos atuais 18 para 16 anos em casos específicos. O texto, de autoria do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), foi derrubado com o voto de cinco senadores do PT, dois do PMDB e um do Psol, do PSDB, do PCdoB e do PSB. A rejeição foi comemorada por militantes de direitos humanos que lotaram o auditório da CCJ contra a mudança na Constituição. Os debates se prolongaram por mais de duas horas, com a manifestação de posições contrárias e favoráveis à revisão da imputação penal.

Ao grito de “fascista”, Aloysio Nunes chegou a ser interrompido por um ativista no momento em que defendia a aprovação de sua proposta de emenda constitucional. “Fascista é quem grita e interrompe. Fascista é você!”, retrucou o tucano.
Pela proposta dele, responderiam criminalmente como adultos adolescentes acusados de praticar delitos inafiançáveis, como crime hediondo, tráfico de drogas, tortura e terrorismo, ou reincidentes em lesões corporais ou roubo qualificado, desde que houvesse, no entanto, parecer favorável de promotor da Infância e autorização da Justiça.
Inconstitucionalidade
A maioria da CCJ, no entanto, derrubou a PEC de Aloysio, alinhando-se ao senador Randolfe Rodrigues (Psol-AP), autor de um voto em separado, que classificava como inconstitucional essa tentativa de mudança na Constituição. Para ele, alterar a maioridade penal viola direitos fundamentais, incluídos entre as chamadas “cláusulas pétreas”, aquelas não passíveis de modificação. Segundo ele, além de inconstitucional, a proposta agravaria o problema do sistema penitenciário brasileiro.
“Estamos ferindo o texto constitucional. Além do mais, essa pretensa solução aqui apresentada, ao contrário de resolver o problema, só irá trazer outros problemas, encher as penitenciárias do falido sistema penitenciário brasileiro de mais filhos da pobreza deste país e agravar ainda mais um problema deste país”, disse Randolfe. “O ingresso antecipado no falido sistema penal brasileiro expõe adolescentes a mecanismos reprodutores de violência, aumento de chance de violência. As taxas de reinserção penitenciária mostram que o sistema não ressocializa”, acrescentou.
Aloysio negou haver qualquer inconstitucionalidade na revisão da maioridade penal. “Os direitos individuais são direitos à expansão da personalidade do indivíduo, à sua realização como ser humano. Não comportam o direito de matar, estuprar, sequestrar e ser submetido a uma legislação protetora. Esta é uma hipótese real que está hoje colocada diante de todos nós. Cabe a nós decidirmos: aqueles que cometem crimes hediondos, bárbaros, são sempre considerados incapazes de compreender o seu ato?”

Cautela
O tucano argumentou que a medida seria aplicada apenas em casos de excepcional gravidade, ainda assim, apenas com o respaldo do Ministério Público e da Justiça. “É uma medida absolutamente cautelosa, que se justifica diante do fato. Não está escrito na natureza humana que entre 16 e 18 anos a pessoa não seja capaz de assumir responsabilidade. Pode, sim, assumir”, afirmou o senador, ressaltando que a legislação brasileira permite que maiores de 16 e menores de 18 façam testamento, prestem depoimento à Justiça, se emancipem mesmo sem o consentimento dos pais, casem e votem. “É uma decisão de política legislativa. Não é um direito individual”, resumiu.
Professor de Direito Constitucional e ex-procurador de Justiça, o senador Pedro Taques (PDT-MT) apoiou o entendimento de Aloysio de que a mudança não alcançava cláusulas pétreas da Constituição. “Não é uma cláusula pétrea, porque os direitos fundamentais são universais e categóricos, como a liberdade, a vida, a propriedade. O direito de existir aqui é igual na China, nos Estados Unidos, no Japão.”
Políticas públicas
Os argumentos de Aloysio Nunes e Pedro Taques não convenceram a maioria da comissão. O líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), por exemplo, argumentou que alterar a idade penal não inibe a criminalidade entre os adolescentes. “A responsabilização penal no Brasil começa aos 12 anos, por meio de medidas socioeducativas”, disse o peemedebista, referindo-se à idade prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Para ele, a solução passa pela adoção de políticas públicas, como a implantação de educação integral para crianças e adolescente. “A solução é estabelecer a redução da maioridade penal e deixar na mão do promotor, do juiz, do desembargador, do ministro para um sistema que deveria ser diferenciado e não é?”
Autor de um projeto que reduz a imputabilidade penal para os 13, Magno Malta (PR-ES) defendeu que criança ou adolescente de qualquer idade que cometa crime hediondo seja julgado como adulto. “Já tive 16 anos. Sabemos que não muda nada. É a mesma pessoa com os mesmos complexos.”
Os senadores Roberto Requião (PMDB-PR), Eduardo Suplicy (PT-SP), Humberto Costa (PT-PE), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Inácio Arruda (PCdoB-CE) e Ana Rita (PT-ES) também discursaram contra a redução da maioridade. O senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) fez uso da palavra para defender a aprovação da redução da maioridade penal. Mas não estava presente no momento da votação.

“Meio-termo”
O texto rejeitado foi relatado pelo senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), que não participou da reunião por estar em compromisso fora de Brasília. Mesmo assim, seu voto foi computado, já que ele havia deixado o parecer pronto. O peemedebista rejeitou outras cinco proposições que reduziam a maioridade para 13, 15 e 16 anos. Para ele, a proposta de Aloysio representava “um meio-termo” ao prever situações de maior gravidade em que o adolescente será julgado como maior de idade.
De acordo com a PEC 33/2012, os jovens entre 16 e 18 anos condenados começariam a cumprir pena em estabelecimento distinto daquele destinado aos maiores de 18 anos. O prazo para a contagem da prescrição do crime ficaria suspenso até que a decisão sobre a imputabilidade penal fosse julgada em última instância.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Campanha de enfrentamento a violência contra crianças e adolescentes.


PROTEJA NOSSAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES


Todos os anos, o Governo Federal, por meio da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República – SDH/PR, realiza a Campanha Nacional de Carnaval pelo Fim da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, como forma de conscientizar a sociedade sobre a incidência dessa prática em todo o país.

Neste ano, em virtude da necessidade de uma estratégia mais abrangente de comunicação para a proteção e defesa dos direitos de crianças e adolescentes, a mobilização de carnaval segue a linha da Campanha Nacional pelos Direitos da Criança e do Adolescente, que a partir de agora e ao longo dos próximos meses, abordará diversos temas relativos aos direitos fundamentais de meninas e meninos, focando na necessidade de proteção, uma prioridade absoluta e compartilhada entre a família, o Estado e a sociedade, conforme determina a Constituição Federal de 1988.
 

Faça a sua parte. Fique atento aos direitos das nossas crianças e adolescentes e, em caso de violações, Não desvie o olhar. Fique atento. Denuncie. PROTEJA. Divulgue esta campanha, procure o Conselho Tutelar ou Disque 100. Proteger nossas meninas e meninos de todas as formas de violência é uma responsabilidade de todos!

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Mossoró: ação civil pública pede reformas em unidades da Fundac



O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) move ação civil pública contra o Estado e a Fundação Estadual da Criança e do Adolescente (Fundac). O alvo da 10ª Promotoria de Justiça da Comarca de Mossoró são os centros educacionais situados no município que funcionam de forma precária: apresentam deficiências na estrutura e no quadro de pessoal. Na ação, interposta na Justiça na última quarta-feira (05), o MP solicita a reforma das unidades e a implantação do cargo de agente de segurança interna, no prazo de seis meses.


No Ceduc Internação Mossoró, por exemplo, as alas são fechadas com parafusos devido à falta de cadeados. A ausência de segurança causou a fuga de 250 internos em 2013, o que representa um aumento de 131% se compararmos ao número de fugas registradas em 2012 (108). Em um único mês do ano passado (maio) ocorreram 42 evasões.
 


Ainda no que diz respeito ao Ceduc Internação, a 10ª Promotoria pede a interdição da ala de proteção, pois está completamente danificada. O funcionamento só deve ser reestabelecido quando a unidade estiver operando normalmente, isto quer dizer, com quadro de pessoal e tendo passado por uma ampla reforma. Também deverão passar por reformas o Ceduc Semiliberdade Santa Delmira e o Ciad Mossoró – todos são unidades integrantes da Fundac.

Ausência de pessoal e de capaticação

A 10ª Promotoria de Justiça da Comarca de Mossoró quer que a Fundac dote os dois Ceduc's e o Ciad de Mossoró de servidores para a função estrita de agente de segurança interna – seja por remoção de servidores já contratados ou processo seletivo de contratação temporária ou concurso público. Atualmente, os educadores têm a responsabilidade de educar e de garantir a segurança dos detentos, o que configura acúmulo de função.


Em paralelo, o MP solicita na Justiça que o Estado elabore dois planos. Um de capacitação contínua para que os servidores possam lidar com situações de violência e com a gestão de conflitos, a ser estendido aos funcionários que atuarão como agentes de segurança interna. E o outro, relativo à segurança.


Ocorrências de danos morais coletivos nas unidades Ciad e Ceduc Semiliberdade Santa Delmira são muito comuns e motivadas, geralmente, pela falta de capacitação dos funcionários. Muitas vezes, a integridade dos adolescentes é ferida por serem submetidos a situações constrangedoras e por não terem o acompanhamento devido.


Na ação, o MPRN pede ainda que seja restabelecido o fornecimento de cadeados, de produtos de limpeza e de higiene pessoal, bem como sejam retomados os serviços de comunicação nas unidades, pois o telefone e a internet foram cortados em 2013.

Multa e dano moral

O MPRN quer que a Justiça imponha multa diária de R$ 10 mil à governadora do Estado do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini, e ao diretor-presidente da Fundac, Sérgio Fernandes de Medeiros, para o caso de descumprimento das obrigações fixadas pela sentença.


O Ministério Público também solicita que a Justiça reconheça os danos morais coletivos causados pelo Estado à sociedade e, para isso, impute indenização em valor não inferior a R$ 1,5 milhão.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Últimas vagas para o curso de Especialização em Direitos Humanos/UFRN em Mossoró

A segunda chamada para o curso de especialização em Educação e Direitos Humanos estará recebendo inscrições até o dia 31 de janeiro de 2014. Restam vagas apenas para a turma de Mossoró.




As inscrições estão ocorrendo através do email: educacaoemdireitoshumanos@outlook.com. Para este email devem ser endereçadas as cópias do RG/CPF, Diploma de graduação, currículo resumido, carta de justificativa, declaração da escola pública onde trabalha ou do local onde trabalha na promoção dos Direitos Humanos. 

 As aulas estão previstas para iniciar em 14 de fevereiro de 2014.  


I Seminário Marx Hoje: pesquisa e transformação social


O I Seminário Marx Hoje: pesquisa e transformação social visa proporcionar a difusão da obra de Karl Marx e da tradição teórica e política que se formou em sua esteira, promovendo conferências, mesas-redondas e oficinas no campo do marxismo, voltadas à temática da pesquisa e transformação social.

 
 
Essa iniciativa foi motivada pela constatação da escassez de espaços na Academia para debater a obra de Karl Marx e seus continuadores, bem como a relevância da mesma para a compreensão do atual momento do capitalismo. O Seminário traz em sua gênese a preocupação de pensar tantoas implicações desses debates para o âmbito da pesquisa científica, como para a transformação da realidade social.

Ele ocorrerá no campus da UFRN, em Natal/RN, nos dias 02, 03 e 04 de abril de 2014.
 
programação está organizada da seguinte maneira:

02 de abril de 2014 (quarta-feira)

18:00 - Credenciamento
19:00 - Conferência de abertura: A atualidade e o marxismo
Conferencista: Prof. Dr. Ricardo Antunes (UNICAMP)
Coordenadora: Prof.a Dr.a Isabel Fernandes de Oliveira (UFRN)


03 de abril de 2014 (quinta-feira)

09:00 – Mesa-redonda: Pesquisa e marxismo
Prof.a Dr.a Elaine Rossetti Behring (UERJ), Prof. Dr. Mario Duayer (UERJ) e Prof. Dr. José Paulo Netto (UFRJ - a confirmar)
Coordenadora: Prof.a Dr.a Candida Maria Bezerra Dantas (UFRN)

14:00 – Grupo Temático: O método em Marx
Profa. Dra. Jane Cruz Prates (PUC/RS)
14:00 – Grupo Temático: Marxismo e América Latina
Prof. Ms. Daniel Araújo Valença (UFERSA)
14:00 – Grupo Temático: Psicologia e transformação social
Prof. Dr. Fernando Lacerda Júnior (UFG)

18:00 – Lançamento de livros / Exposição de pôster


04 de abril de 2014 (sexta-feira)

09:00 – Mesa-redonda: Marxismo e transformação social
Prof. Dr. Carlos Eduardo Montaño Barreto (UFRJ), Profa. Dra. Silvana Mara de Morais dos Santos (UFRN) e Profa. Dra. Raquel Guzzo (PUC/Campinas)
Coord. Prof.a Dr.a Ilana Lemos de Paiva (UFRN)

14:00 – Grupo Temático: Ontologia do ser social de Lukács
Prof. Dr. Ivo Tonet (UFAL)
14:00 – Grupo Temático: Políticas sociais
Prof.a Dr.a Iris Maria de Oliveira (UFRN)
14:00 – Grupo Temático: Marxismo e crítica da política criminal
Doutoranda Ana Vládia Holanda Cruz (UFRN)

18:00 – Conferência de encerramento: Os rumos do marxismo na atualidade
Conferencista: Prof. Dr. Oswaldo Hajime Yamamoto (UFRN)
Coord. Prof.a Dr.a Isabel Fernandes de Oliveira (UFRN)

Os grupos temáticos ocorrerão simultaneamente, podendo os participantes do Seminário optarem por um dos três grupos em cada dia.
Ficará a cargo dos coordenadores de cada grupo temático definir a dinâmica de funcionamento de seu grupo.
A programação está sujeita a alterações

 
Mais informações em: Marx Hoje

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

OAB cria Coordenação de Acompanhamento do Sistema Carcerário

O Conselho Federal da OAB anunciou na última sexta-feira (17) a criação da Coordenação de Acompanhamento do Sistema Carcerário, formada por Conselheiros de todos os Estados e do Distrito Federal. A coordenação será presidida por Adilson Geraldo Rocha, de Minas Gerais, com Márcio Vitor Meyer de Albuquerque (CE) como vice-presidente e Umberto Luiz Borges D’Urso (SP) como secretário.
A Coordenação de Acompanhamento do Sistema Carcerário da OAB será empossada no dia 4 de fevereiro, na sede do Conselho Federal, em Brasília. O jurista Miguel Reale Jr. fará uma palestra no dia da posse, que também marca a primeira reunião de trabalho do grupo. Os presidentes de todas as Seccionais receberão convite para o evento, assim como o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e Augusto Eduardo de Souza Rossini, diretor do Departamento Penitenciário Nacional. Cardozo e Rossini também serão convidados a participar da reunião.
Durante o mês de dezembro, em conversas com os presidentes das Seccionais, o Conselho Federal da OAB decidiu criar a Coordenação de Acompanhamento do Sistema Carcerário. Naquele mês, a OAB apresentou denúncias à Organização dos Estados Americanos (OEA) pelas péssimas condições do Presídio Central de Porto Alegre e do Presídio de Pedrinhas, no Maranhão – em janeiro, o complexo em São Luís virou símbolo do caos e da barbárie quando três presos foram decapitados em uma disputa de facções.
No enfrentamento da crise no sistema penitenciário nacional, o Conselho Federal, além da criação da Coordenação de Acompanhamento do Sistema Carcerário, orientou as Seccionais a analisarem a situação em cada Estado e ajuizarem ações civis públicas cobrando dos governos melhorias nas condições dos presídios. Segundo o presidente da entidade, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, “o Estado é responsável pela proteção da vida das pessoas submetidas à sua custódia”.
A OAB também irá requerer aos juízes de cada Estado que os presos provisórios sejam separados dos presos condenados e que também haja divisão de acordo com a gravidade dos crimes cometidos.
Confira abaixo a lista completa dos membros da Coordenação de Acompanhamento do Sistema Carcerário do Conselho Federal da OAB, criada por meio da portaria 011/2014, de 16 de janeiro de 2014:
Adilson Geraldo Rocha (MG) – presidente; Márcio Vitor Meyer de Albuquerque (CE) – vice-presidente; Umberto Luiz Borges D’urso (SP) – secretário; Elísio Manoel Pinheiro Mansour Filho (AC); Francisco de Assis França Junior (AL); Epitacio da Silva Almeida (AM); José Calandrini Sidonio Junior (AP); Marcos Luiz Alves de Melo  (BA); Alexandre Vieira de Queiroz  (DF); Gilvan Vitorino da Cunha Santos (ES); Rodrigo Lustosa Victor (GO); Luis Antonio Câmara Pedrosa (MA); Luiz Carlos Saldanha Rodrigues Junior (MS); Betsey Polistchuck de Miranda (MT); Ivanilda Barbosa Pontes (PA); Wilson Sales Bechior (PB); Adeildo Nunes (PE); Lúcio Tadeu Ribeiro dos Santos (PI); José Carlos Cal Garcia Filho (PR); Maira Costa Fernandes (RJ); Hélio Miguel Santos Bezerra (RN); Rodolfo de Freitas Jacarandá (RO); Ednaldo do Nascimento Silva (RR); Ricardo Ferreira Breier (RS); Victor José de Oliveira da Luz Fontes (SC); Evânio José de Moura Santos (SE); Ester de Castro Nogueira Azevedo (TO).
 Fonte: 
Jusdh Articulação Justiça e Direitos Humanos
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quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Anais físicos do II Seminário em Direitos Humanos já estão disponíveis.

Avisamos para os autores que publicaram artigos ou relatos de experiência, que já estão disponíveis na sede do CRDH os anais do II Seminário em Direitos Humanos, quem estiver interessado em pegar a versão física, favor encaminhar-se a sede em horário de funcionamento. Peço também para  trazer algum documento oficial para efeito de comprovação. 

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Ufersa cria Comissão para Combate às Práticas Excludentes


A Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) torna público a criação da Comissão de Combate às Práticas Excludentes, com o objetivo de promover o debate para a criação de estratégias voltadas ao combate de todas as formas de preconceito, discriminação, assédio, inacessibilidade e intolerância no âmbito da Universidade.

A comissão será composta por representantes do Centro de Referência em Direitos Humanos no Semiárido (CRDH); Diretório Central dos Estudantes (DCE); Coordenadoria Geral de Ação Afirmativa Diversidade e Inclusão Social (CAADIS), Sindicato Estadual dos Trabalhadores em Educação do Ensino Superior (SINTEST) e Associação dos Docentes da Ufersa (ADUFERSA). Juntas, as representações assinam a seguinte nota:



A Reitoria da Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa) comunica oficialmente a toda comunidade acadêmica a criação da Comissão de Combate às Práticas Excludentes no âmbito da Ufersa. O objetivo da Comissão é promover o debate para a criação de estratégias voltadas para o combate a todas as formas de preconceito, discriminação, assédio, inacessibilidade e intolerância, bem como, atuar permanentemente em defesa dos direitos humanos, inclusão, igualdade e uma cultura de respeito a toda diversidade que a Universidade abarca.

Motivados pelo dever de promover os princípios de liberdade, justiça, dignidade humana e solidariedade, bem como o pluralismo de opiniões e uma cultura de respeito à diversidade, a Comissão será composta por representantes do Centro de Referência em Direitos Humanos – CRDH Semiárido, do Diretório Central dos Estudantes – DCE, da Coordenadoria Geral de Ação Afirmativa Diversidade e Inclusão Social – CAADIS, do SINTEST e da ADUFERSA.

A proposta do trabalho conjunto envolvendo todos os segmentos da Ufersa se manifesta no sentido de reafirmação de que a defesa, a garantia e a promoção dos direitos huma¬nos incluem o combate a todas as formas de discriminação e de violência e, portanto, o combate à homofobia, racismo, intolerância religiosa, assédio moral e sexual e inacessibilidade em todos os âmbitos da Ufersa, sendo fundamental para a construção de uma Universidade justa, igualitária, democrática e tolerante.

O contexto de criação da Comissão se deu a partir da articulação entre a Reitoria, Ouvidoria, CRDH Semiárido, CAADIS e Movimento Estudantil sobre a insurgência de manifestações de preconceito e discriminação devido à orientação sexual e gênero, assim como denúncias de assédio.

A Comissão atuará acompanhando as denúncias já realizadas no contexto de homofobia, racismo, discriminação por gênero, assédio moral e sexual e inacessibilidade, bem como promoverá espaços de formação sobre as temáticas defendidas, campanhas internas de conscientização, distribuição de panfletos educativos, assim como a realização de um Seminário previsto para o primeiro semestre de 2014.

Assim, certos de que o combate às práticas excludentes é que norteará a Universidade a dar um passo crucial no sentido da construção de uma verdadeira cultura de paz e promoção à cidadania, inclusão e respeito, reiteramos nosso compromisso com a construção da democracia e respeito à diversidade no âmbito da Ufersa.

Mossoró/RN, 15 de janeiro de 2014
REITORIA, CRDH SEMIARIDO, CAADIS, ADUFERSA, SINTEST, DCE

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Aniversário de Simone de Beauvoir


Hoje é o aniversário de Simone de Beauvoir. Se estivesse viva, ela faria 104 anos. É dela uma das principais frases do movimento feminista: “Não se nasce mulher, torna-se mulher.” A mulher não tem um destino biológico, ela é formada dentro de uma cultura que define qual o seu papel no seio da sociedade. As mulheres, durante muito tempo, ficaram aprisionadas ao papel de mãe e esposa, sendo a outra opção o convento. Porém, a própria Simone rompe com esse destino feminino e faz de sua vida algo completamente diferente do esperado para uma mulher.


http://blogueirasfeministas.com/2012/01/beauvoir-o-que-e-ser-mulher/


Algumas fotos históricas da pensadora se encontram disponíveis em:
http://beauvoiriana.tumblr.com/


Um pouco de sua biografia 


Família

Simone de Beauvoir era a mais velha das únicas duas filhas de Georges Bertrand de Beauvoir, um advogado em tempo integral e ator amador, e Françoise Brasseur, uma jovem mulher de Verdun.1 Nasceu em Paris como Simone (então um nome pomposo que seu pai gostava)-Lucie (por sua avó materna)-Ernestine (por seu avô paterno, Ernest-Narcisse) -Marie (pela Virgem Maria) Bertrand de Beauvoir (ela foi orientada enquanto criança a dar seu nome como simplesmente "Simone de Beauvoir").2 Era uma criança atraente, mas mimada, teimando em obter o que queria, tendo sido o centro das atenções da sua família.3 A mãe não foi uma grande costureira, e as roupas que costurou eram mal ajustadas.4 Ao crescer, Beauvoir não tinha amigos além da irmã Poupette, que era dois anos e meio mais nova e de quem ela era próxima.5

Em 1909, o avô materno de Beauvoir, Gustave Brasseur, presidente do Banco Meuse, faliu, jogando toda a sua família em desonra e pobreza. Georges não recebeu o dote devido, por casar-se com Françoise,6 e a família teve que se mudar para um apartamento menor.7 Georges de Beauvoir teve de voltar ao trabalho, embora o trabalho não lhe agradasse.8 A família lutou durante toda a infância das meninas para manter seu lugar na alta burguesia,9 e Georges dizia frequentemente: "Vocês, meninas, nunca se vão casar, porque vocês não terão nenhum dote".10

Beauvoir sempre esteve consciente de que seu pai esperava ter um filho, ao invés de duas filhas.11 Ele afirmava, "Simone pensa como um homem!" o que a agradava muito,12 e desde pouca idade Beauvoir distinguiu-se nos estudos. Georges de Beauvoir passou seu amor pelo teatro e pela literatura para sua filha.13 Ele ficou convencido de que somente o sucesso académico poderia tirar as filhas da pobreza.10 (Hélène tornou-se uma pintora.14 )
Educação

Ela tornou-se uma adolescente desajeitada, dedicada completamente aos livros e à aprendizagem, e preferiu ignorar os desportos porque ela não era nada atlética.15 Ela e sua irmã foram educadas no Institut Adeline Désir,16 ou Cour Désir,17 uma escola católica para meninas, algo que era desprezado pelos intelectuais da época. As escolas católicas para meninas eram vistas como lugares onde as jovens aprendiam uma das duas alternativas abertas às mulheres: casamento ou um convento.17 Sua mãe, que Beauvoir considerava uma intrusa espiando cada movimento seu,18 frequentou as aulas com elas, sentada atrás delas, como se esperava que a maioria das mães fizessem.17 Lá Beauvoir conheceu sua melhor amiga, Elisabeth Le Coin (ZaZa nas memórias de Beauvoir), que influenciou de forma definitiva a personalidade de Simone.19 Simone adorou a escola e se formou em 1924 com "distinção".20

Aos 15, Beauvoir já havia decidido que seria uma escritora. Jacques Champigneulle tornou-se seu mentor intelectual e amigo, aquele que sua mãe esperava que iria se casar com ela.21 Geraldine Paro (GéGé) e Estepha Awdykovicz (Stépha) tornaram-se suas amigas.22

Depois de passar nos exames de bacharelado em matemática e filosofia, estudou matemática no Instituto Católico e literatura e línguas no Instituto Sainte-Marie, e em seguida, filosofia na Universidade de Paris (Sorbonne). Em 1929, quando na Sorbonne, Beauvoir fez uma apresentação sobre Leibniz. Lá, ela conheceu muitos outros jovens intelectuais, incluindo Maurice Merleau-Ponty,23 René Maheu24 e Jean-Paul Sartre. Enquanto na Sorbonne, Maheu deu a Beauvoir o apelido que lhe acompanharia ao longo da vida, Castor, dado a ela por causa do forte trabalho ético do animal.24 Em 1929, na idade de 21, Beauvoir se tornou a pessoa mais jovem a obter o Agrégation na filosofia, e a nona mulher a obter este grau. No exame final, ficou em segundo lugar; Sartre, 24 anos, foi o primeiro (ele havia sido reprovado em seu primeiro exame). O júri do Agrégation discutiu sobre a possibilidade de dar Sartre ou Beauvoir primeiro lugar na competição. No final, concederam a Sartre.25

Sua amizade com Elizabeth Mabille ("Zaza") foi abruptamente rompida com a morte precoce de Zaza. Simone narrou esse episódio de sua vida, posteriormente, em seu primeiro livro autobiográfico, Memórias de uma moça bem-comportada, em que critica os valores burgueses.


Logo uniu-se estreitamente ao filósofo e a seu círculo, criando entre eles uma relação polêmica e fecunda, que lhes permitiu compatibilizar suas liberdades individuais com sua vida em conjunto. Na verdade, é difícil caracterizá-los como casal, porque viveram longas relações amorosas cada um com outras pessoas; Beauvoir, por exemplo, teve uma forte relação com o escritor norte-americano Nelson Algren logo após a guerra, e na década de 1950 manteve outra relação duradoura com Claude Lanzmann. No verão, era comum Beauvoir e Lanzmann viajarem com Sartre e sua amante Michelle Vian, ex-esposa do escritor Boris Vian.

Foi professora de filosofia até 1943 em escolas de diferentes localidades francesas, como Ruão e Marselha.

Morreu de pneumonia em Paris, aos 78 anos. Encontra-se sepultada no mesmo túmulo de Jean-Paul Sartre no Cemitério de Montparnasse em Paris.26
Obra

As suas obras oferecem uma visão sumamente reveladora de sua vida e de seu tempo.

Em seu primeiro romance, A convidada (1943), explorou os dilemas existencialistas da liberdade, da ação e da responsabilidade individual, temas que abordou igualmente em romances posteriores como O sangue dos outros (1944) e Os mandarins (1954), obra pela qual recebeu o Prêmio Goncourt e que é considerada a sua obra-prima.

As teses existencialistas, segundo as quais cada pessoa é responsável por si própria, introduzem-se também em uma série de quatro obras autobiográficas, além de Memórias de uma moça bem-comportada (1958), destacam-se A força das coisas (1963) e Tudo dito e feito (1972).

Entre seus ensaios críticos cabe destacar O segundo sexo (1949), uma profunda análise sobre o papel das mulheres na sociedade; A velhice (1970), sobre o processo de envelhecimento, onde teceu críticas apaixonadas sobre a atitude da sociedade para com os anciãos; e A cerimônia do adeus (1981), onde evocou a figura de seu companheiro de tantos anos, Sartre.
Livros
1943 : A convidada (L'Invitée), romance
1944 : Pyrrhus et Cinéas, ensaio
1945 : O sangue dos outros (Le Sang des autres), romance
1945 : Les Bouches inutiles, peça de teatro
1946 : Tous les hommes sont mortels, romance
1947 : Pour une morale de l'ambiguïté, ensaio
1948 : L'Amérique au jour le jour
1949 : O segundo sexo, ensaio filosófico
1954 : Os mandarins (Les Mandarins), romance
1955 : Privilèges, ensaio
1957 : La Longue Marche, ensaio
1958 : Memórias de uma moça bem-comportada (Mémoires d'une jeune fille rangée), autobiográfico
1960 : La Force de l'âge, autobiográfico
1963 : A força das coisas (La Force des choses),
1964 : Une mort très douce, autobiográfico
1966 : Les Belles Images, romance
1967 : La Femme rompue, novela
1970 : A velhice (La Vieillesse), ensaio
1972 : Tudo dito e feito (Tout compte fait), autobiográfico
1979 : Quand prime le spirituel, romance
1981 : A cerimônia do adeus (La Cérémonie des adieux suivi de Entretiens avec Jean-Paul Sartre : août - septembre 1974), biografia